Por Ana Miranda, em 08/02/2021
A Covid-19 impactou todos os setores da economia mundial no ano passado e, apesar de ainda estarmos em pandemia, o início da vacinação nos proporcionou expectativas de melhora da economia e de crescimento de setores, como o imobiliário.
Na contramão de segmentos que continuam registrando dados negativos, o mercado imobiliário se destacou nos últimos meses, apresentando um desenvolvimento de 8,4% na venda de imóveis novos entre janeiro e setembro de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
De acordo com o Painel do Mercado Imobiliário, divulgado pela plataforma Kenlo, houve um crescimento ainda maior na venda de imóveis usados, totalizando 52%.
Se ainda em 2020, o setor apresentou sinais de recuperação e crescimento. Neste ano, há expectativa de maior expansão para o mercado imobiliário e especialistas apontam alguns fatores importantes para essa retomada, como: a maior adesão ao home office – que modificou o conceito de lar, transformando a casa em um local que pode proporcionar mais qualidade de vida, a necessidade de uma casa que abrigue o descanso, o lazer, o estudo e o trabalho em um só lugar, além da procura por imóveis em locais mais tranquilos, longe de grandes centros urbanos e com mais espaços ao ar livre.
Outro ponto que apoia o setor é o sonho do brasileiro de conquistar a casa própria. O cenário para a compra de um imóvel está favorável devido à queda da taxa Selic, fixada em 2% pelo Copom (Comitê de Política Monetária). A queda da taxa colabora com juros menores para o financiamento imobiliário, o que deve continuar impulsionando o segmento.
Desta forma, acredita-se que o mercado imobiliário deve consolidar o seu crescimento neste ano.
